O Grande Acordo
O Ministro do STF, Edson Fachin, anulou as condenações de todas as instâncias que já estavam efetivadas desde o começo das investigações contra o ex-presidiário Lula, no âmbito da Operação Lava-Jato em Curitiba. Esse foi o primeiro passo para a atual reação do establishment. Contudo, por que trazer um adversário corrupto e ficha suja de volta para o cenário político? Reconhecer as virtudes de um inimigo é importantíssimo para combatê-lo. Lula é uma figura carismática e sabe se comunicar muito bem, diferente dos pares tucanos que tentam há mais de 20 anos retornar ao poder após a saída de Fernando Henrique Cardoso em 2002, e nunca conseguiram emplacar um nome.
Mas por que a esquerda e tucanos entraram nesse acordo? O motivo é simples: Retornar à velha política de "oposição" entre os dois lados da mesma moeda de esquerda. Bolsonaro quando foi eleito em 2018 espalhou os tucanos e isolou a esquerda mais próxima ao PT. Tanto que, João Agripino Dória, Governador de São Paulo, precisou se associar à figura do candidato do PSL para se eleger e manter os tucanos governando o maior estado do Brasil. Essa manobra foi um "mal necessário", abandonado logo em 2019 por Dória. Os tucanos, por estarem espalhados e sem uma figura nacional carismática, não possuem capacidade política para enfrentar Bolsonaro com a chance de vitória. Logo, a alternativa era aceitar o retorno de Lula para que o establishment retomasse o poder, e depois voltar à "concorrer" com seus pares do que contra um inimigo mais forte.
Esse acordo fica provado na prática com os lockdowns decretados por governadores e prefeitos, gerando uma espécie de suicídio político coletivo desses atores. Afinal, a ideia de confinar as pessoas é uma medida controversa e sem comprovação científica. E os chefes dos Executivos locais ignoram isso às custas de popularidade, gerando caos, forçando a mão do Executivo federal a agir (para depois acusá-lo de autoritário) e assim seria possível trazer Lula como a figura "pacificadora", ignorando todos os atos criminosos cometidos pelo "ex-corrupto" do PT. E isso interessa a um último grupo fundamental para fechar o acordo e colocá-lo numa embalagem bonita: Os meios de comunicação.
Jornais e emissoras de televisão são importantes para transmitir a mensagem que se quer passar às massas. Bolsonaro ao assumir reduziu as verbas em propaganda do governo e fez uma distribuição mais democrática. Além disso, o Presidente sempre denunciou algo que todos já sabiam, mas nunca antes dito de forma tão aberta por uma figura pública: A distorção dos fatos pela mídia para atender seus interesses financeiros e comerciais. Assim, com uma queda nos cofres de jornais e emissoras que dependiam de verbas governamentais, além do antagonismo e da exposição que Bolsonaro faz da hipocrisia e parcialidade dos meios de comunicação, esses também desejam avidamente derrubá-lo. Por isso, semana passada frases como "Lula é ladrão mas não faz discurso de ódio", "Lula é uma figura mais moderada", "Lula não é negacionista", foram ouvidas da boca de diversos jornalistas.
Um acordo que busca retroceder o Brasil aos moldes anteriores a 2018. Um país com PT e PSDB fingindo serem oposição, mas na verdade são faces de uma esquerda corrupta que dominou o país por mais de 30 anos sem trazer efetivas transformações para a sociedade e para o país. A anulação de Lula viabilizou o meio para se chegar lá, governadores e prefeitos opositores a Jair Bolsonaro são os agentes do caos e autoritários que forçam a mão do Palácio do Planalto e jornais e emissoras de televisão narram distorcidamente a realidade, como por exemplo ontem não exibiram as manifestações generalizadas país afora, mas foram pontuais em espalhar a fake news de que o Ministro da Saúde Pazuello havia sido demitido.
Nós vamos vamos destruir o Ocidente, destruir sua cultura. Vamos nos infiltrar e transformar sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios.
Antônio Gramsci - membro fundador do Partido Comunista da Itália
Só que tem um grande entrave nesse acordo: O PT já traiu o PSDB (O acordo anterior era FHC governar 8 anos e depois o Lula mais 8 anos) no tempo que Aécio Neves disputou a presidência e quase levou...Quase...! - Dizem as más línguas que se não fosse o DiasTóffoli Dilma teria perdido...Quem concorda? E quem trai uma vez...
ResponderExcluirPois é... a política é cheia de traições e gente mau caráter. Mas não há entrave agora, pois o PSDB não tem candidato capaz de derrotar Bolsonaro. E é mais vantajoso no momento para o partido lançar um candidato que não vai passar do primeiro turno, para então apoiar o PT no segundo turno, revelando esse acordo. O próprio FHC já defendeu essa grande aliança para derrubar Bolsonaro.
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