Notícia do Dia: Novo carro da Fiat deixa a desejar no que apresenta, menos no preço salgado.

O Brasil é um dos 5 maiores mercados do mundo de automóveis, além de contar com estradas maltratadas e uma força no setor agrícola, o que traz um mercado bem atrativo no que diz respeito às famosas "pick-ups" (a tradução seria como carros que pegam, carregam). O forte apelo masculino que modelos como Hilux, Frontier e S-10 possuem pela robustez e tamanho abriu os olhos de outras montadoras com menor know-how nesse tipo de veículo. Assim, a montadora francesa Renault resolveu trazer ao país ano passado a Duster Oroch. Conseguindo um preço competitivo para o mercado brasileiro (o que não deixa de ser muito caro para o carro) os modelos começaram a vender. Aí, a montadora Fiat também resolveu entrar no páreo, e trouxe o "concorrente" (entenderá o porquê das aspas) Toro. Essa pick-up vem em duas versões basicamente - Freedom e Volcano - e muitos adicionais bestas que só brasileiro acha que é adicional como revestimentos, acabamento com maior qualidade e por aí vai. Vou começar pela versão top de linha, porque a outra é um assunto que precisarei de estômago para discorrer.
A versão Volcano começa a ser vendida a partir de R$ 116.500,00. É isso mesmo, você não leu errado. Mas não era pra concorrer com a Duster Oroch? Pois é, a versão top de linha da Oroch com a motorização 2.0 Flex 16V sai na faixa de R$ 73.000,00. Mas a vantagem da versão Toro é a motorização 2.0 Turbodiesel 4x4. Ainda assim, a pergunta continua: Não era pra concorrer com a Oroch? O pior é que comparando com a Hilux (pick-up conhecida nesse segmento) ainda sai mais caro comprar a Toro, já que esse último sai 10 mil reais mais barato já com motorização Turbodiesel e câmbio automático. Mas parece que a Fiat na verdade busca concorrer com o segmento de pick-ups consagradas com um veículo que é novo e ainda possui conhecidamente um chassi mais fraco. Pois então, os insanos que gostarem de torrar dinheiro com a Toro Volcano, fiquem a vontade.
Agora passando para a triste e sofrível versão Freedom. Começa pelo preço também, já que o modelo de saída - Fiat Toro Freedom 1.8 16V Flex de 136 cv (isso mesmo, é esse o motor) - sai mais cara que a Oroch 2.0 e top de linha (o preço dessa versão da Toro é 76.500. Além disso, eu queria muito perguntar pra o ser que idealizou isso: Como pretende mover uma pick-up de mais de 1,5 toneladas (vazio) com um motor mais fraco que de um Punto por exemplo? Aí vem a velha conversa que os brasileiros caem sobre tecnologia. Mas a verdade é que é um motor muito fraco, e quem quiser um motor o mínimo digno precisará desembolsar mais míseros R$ 18.000,00 para ter o motor turbodiesel. Pra completar, há o acabamento pobre e ainda um carro que promete consumo de um Opala ou Ômega.
Esteticamente o carro é bonito, não nego. Belas linhas arrojadas e muito semelhantes à Ecosport, principalmente na frente. Mas o que o carro oferece pelo preço: Só quem não entende compra. 

Comentários

  1. Pois é... não entendo de carro tanto assim.
    Mas, para mim, na minha visão de pobre, qualquer carro que passar de R$60.000 tem que ter um bom motivo pra isso... ou ser um trator.
    E, pelo que entendi, essas pick-ups, considerando seu objetivo, deveriam ser um trator...

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    Respostas
    1. Sim, o problema do Brasil é o jogo duplo entre governo e montadoras. O governo não toma atitude quanto aos preços porque pagaria caro mesmo pela incompetência e corrupção dos seus agentes, e além disso arrecada mais com os preços mais altos.

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